quinta-feira, 18 de julho de 2013

Imigração Libanesa, por Cristine Delphino

Estudos indicam que os libaneses começaram a imigrar para o Brasil no ano de 1880, quatro anos depois que o imperador Dom Pedro II fez uma visita ao Líbano. Inicialmente, muitos vinham para diversas regiões do país em busca de riquezas minerais. Quando conseguiam juntar dinheiro, eles enviavam para o seu país de origem para melhorias e estimulavam famílias e amigos a virem para o Brasil para fazer fortuna rápida e fácil.
A diferença com os outros imigrantes, eles não procuravam terras para cultivar, apostavam no comércio. No começo vendiam mercadorias de porta em porta, fazendo o trabalho de mascates. Depois, quando conseguiam, abriam seu próprio negócio.

O primeiro período de imigração durou até 1900. Os árabes não criaram centros comerciais neste período, já que pensavam em voltar para a sua terra, porém os lugares que se fixaram prosperavam e tornavam-se importantes centros econômicos e sociais.

O segundo período começa onde termina o primeiro e vai até 1918, sendo que é marcado pelo início da Primeira Guerra Mundial, em 1914 e pelo fim, quatro anos depois. Dominados pelos otomanos e sem saída, libaneses viram esperança e a oportunidade de uma nova vida, na fuga para o Brasil que estava na fase de urbanização e industrialização.

Os imigrantes se concentraram nos dois pólos econômicos do país, a Amazônia, que contava com o ciclo da borracha e o Sul, que passava pelo ciclo do café. Porém, alguns reemigravam do Sul para o Norte, já que as condições econômicas eram melhores.

Cada imigrante, já tinha seu emprego garantido quando chegava ao Brasil, para evitar uma disputa de interesse entre os imigrantes já estabelecidos e os que acabavam de chegar. Eles também vinham com seus recursos próprios, sem contar com o apoio dos Governos do Brasil ou do Líbano.

A terceira e quarta fase vão de 1918 até 1950. Ao terminar a Primeira Guerra Mundial, muito comemorada pelos libaneses no Brasil, os imigrantes vão para o Sul, que nesta época contava com uma melhor economia. A crise de 1929, fez com que muitos que tinham dinheiro guardado, investissem em propriedades para abrir novas indústrias e comércios e param de mandar todo o dinheiro para o Líbano. Os negócios eram passados de pai para filho.

Ao fixar residência aqui, eles passam a adotar novas posturas econômicas e sociais, as famílias chegam inteiras ao Brasil e os jovens não voltam mais para o Líbano para se casarem.

O terceiro período termina com o fim de mais uma guerra, a Segunda Guerra Mundial. Estima-se que de 1940 e 1950, só a cidade de São Paulo contava com 70 mil libaneses e sírios.

Hoje, o Brasil possui a maior colônia de árabes fora do país de origem, sendo que grande maioria são libaneses.

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sábado, 1 de setembro de 2012

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sábado, 11 de agosto de 2012